domingo, 28 de dezembro de 2014

Percepções

Fim de ano parece que traz uma onda de energia diferente, né? Deixa a gente meio reflexivo, nostálgico, analítico. Comigo não é diferente. Chega o fim de ano e parece que passa um filminho na minha cabeça e me faz relembrar coisas e momentos não só do ano que está acabando, mas de todos os outros que vivi. Esse ano pra mim, como todos os outros, teve seu toque especial pra fazer a diferença na minha vida e em como vou conduzi-la daqui pra frente. Aprendi a valorizar muito mais as pessoas do meu convívio e dar menos ênfase, mas não menos importancia, a pessoas mais distantes. Aprendi a compreender, principalmente o sentimento do outro. Nem todos sentem, sofrem ou celebram da mesma forma. E isso é absolutamente normal. A satisfação de cada um não se mede por padrão. Aprendi que existem almas muito elevadas e que essas almas nos dão as mãos quando compreendem nosso momento. Aprendi também que não existe alma ruim, mas sim, almas que não aprenderam como lidar com alguns assuntos e acabam praticando o mal sem nem mesmo notar. Aprendi que não devemos nos amarrar tanto às coisas materiais, nem ao trabalho, nem a lugares e nem a pessoas. Cada passagem nossa da vida é uma contribuição nossa ao mundo ou do mundo a nós e em breve outra passagem dará lugar àquela. Aprendi que ter fé eleva a alma, conforta e nos conecta com forças extraordinárias. Reforcei que família é o maior bem que uma pessoa pode ter e que se a base está bem, todo o resto estará ou dará um jeito de se ajeitar. Reforcei que família é o meu alicerce, meu bem mais precioso e que infelizmente, não é para sempre. Aprendi que nossos caminhos nem sempre vão na direção que planejamos e que sair da rota faz bem e nos surpreende. Aprendi a abraçar oportunidades sem medo, a não temer tanto o julgamento do outro. Aprendi a estender a mão, mesmo não tendo retorno. Faz bem pra alma e pro coração. Aprendi que ter medo dos meus medos, só gera ansiedade e desconforto pro meu corpo que é a minha morada. Aprendi que nem sempre quando temos boas intenções estamos fazendo realmente o bem. Descobri que não se pode esperar muito dos outros, pois cada um oferece aquilo que pode. No ano que vem quero aprender a não me frustrar com decepções  provindas da atitude do outro. No ano que vem quero ser mais eu, quero pertencer ao meu interior e depender exclusivamente das minhas escolhas. Ano que vem quero compreender melhor a alma do outro e as razões de cada atitude. Ano que vem quero aceitar as diferenças e conviver com elas sem ansiedade e sem decepções.  Ano que vem não será como eu planejo e eu desejo que meus desejos saiam totalmente de rota e  que a vida me presenteie com momentos infinitos de aprendizado, paz, leveza e compreensão.